segunda-feira, 17 de maio de 2010

Parceria entre Emater e Sema recupera bacia hidrográfica do nordeste paraense

Desde o ano passado, a bacia hidrográfica do rio peixe-boi, que se estende por pelo menos seis municípios do nordeste paraense (Bonito, Peixe-Boi, Capanema, Nova Timboteua, Santarém Novo e Primavera), é objeto de um projeto de recuperação ambiental encaminhado pelos escritórios locais da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater), em parceria com a Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) e as Secretarias Municipais de Meio Ambiente (Semmas).
Técnicos da Sema realizaram um levantamento sobre a situação da bacia (que compreende o rio peixe-boi, afluentes e igarapés), detectando problemas graves, como pesca predatória, assoreamento provocado pela destruição da mata ciliar e contaminação por lixo doméstico, dejetos industriais e resíduos de agrotóxicos.
"Por 'bacia hidrográfica' não se entende, digamos, só a água corrente. É todo um ecossistema gigantesco: margens, fauna, microclima", explica o engenheiro florestal, especialista em educação ambiental, José Martins Filho, chefe do escritório local da Emater em Bonito.
Ali no município, um ciclo de palestras, nos últimos 11 e 12 de maio, envolveu os agricultores familiares no Projeto. Trinta lideranças participaram de debates sobre os danos que a bacia vem sofrendo, também por conta das próprias atividades agrícola e pecuarista dos pequenos produtores: o principal dos prejuízos é a retirada indevida da mata ciliar para plantio de mandioca e feijão ou para facilitação do caminho do gado até o rio.
Além das etapas de educação ambiental, o projeto prevê, ao longo do ano, iniciativas científicas, como dragagem e reflorestamento em todos os municípios nos quais se localiza a bacia. Outro instrumento importante tem sido a emissão dos atestados digitais do Cadastro Ambiental Rural (Car) das pequenas propriedades. Este ano, a Emater de Bonito já emitiu quase 100.
Em Bonito especialmente, onde o rio peixe-boi nasce, a Emater espera que os cerca de oito mil agricultores familiares assumam seu papel na recomposição ecológica e despoluição da bacia. "A parceria com as comunidades ribeirinhas é fundamental", diz José Filho.

Texto: Aline Miranda
FONTE: Site EMATER-PARÁ

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