segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

ESTAMOS EM MANUNTENÇÃO - RETORNO 2013


quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Registro de marca diferencia comercialização do extrativismo de Afuá


O produtor Francisco Costa, de Afuá, no Marajó, é o primeiro do município a criar oficialmente uma marca para produtos da agricultura familiar: desde o começo do ano, os óleos de pracaxi e andiroba e mais o mel de abelha uruçu extraídos na Ilha do Pará respondem pelo signo comercial de Costa Norte – Extrativismo da Amazônia.
O registro foi feito a princípio na Junta Comercial do estado do Amapá, já que a Ilha onde o agricultor reside é muito mais próxima de Macapá do que da sede de Afuá (duas horas de percurso fluvial, em comparação a oito horas).
Todo o processo teve o apoio do escritório local da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater), que pretende orientar, a partir de agora, a inscrição dos produtos na Junta Comercial do Pará e no Sistema de Inspeção Federal (SIF), regido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Com o SIF, será possível a comercialização legalizada até em nível de exportação.
“O esforço da Emater é no sentido de ajudar a profissionalizar ao máximo a cadeia produtiva, facilitando para o agricultor a gestão do empreendimento  - e, por conseguinte, um retorno financeiro justo. Além disso, com uma marca estabelecida, conseguimos divulgar melhor a cultura amazônica e seus diferenciais de compra e venda”, diz o chefe do escritório local da Emater, o engenheiro agrônomo Alfredo Rosas.
Óleos
Atendido pela Emater desde 2009, Francisco Costa recebeu, no ano seguinte, R$ 95 mil pela linha Mais Alimentos do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). Os recursos foram aplicados na compra de um extrator de sementes para extração de óleo e de um catraio (espécie de bote de madeira com motor), com capacidade para transporte de até uma tonelada, entre outros equipamentos. Também foram feitos investimentos nos sistemas da meliponicultura, no manejo de açaizais e na criação de porcos.
Os óleos de andiroba e pracaxi vêm de árvores nativas, manejadas junto com os açaizeiros, em uma área de nove hectares. Os produtos, que têm propriedades cosméticas e medicinais, apresentam alto grau de pureza, de acordo com avaliações da Emater.
“Um fato importante observado nessa unidade familiar é que as abelhas sem ferrão, além de gerar renda por conta do mel produzido, são polinizadoras das flores do açaizeiro, o que qualifica a formação de frutos e aumenta a produtividade. A vantagem de uma propriedade com diversificação de atividades é a harmonia e a simbiose entre todos os trabalhos”, explica Rosas.
 Fotos: Acervo da Emater

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

SEMINÁRIO GESTÃO PÚBLICA E SOCIEDADE: A Economia Solidária como Estratégia de Desenvolvimento.


COMUNICAÇÃO

Oi Pessoal,

Nos ultimos dias não tenho postado por aqui nada de novo. Explico.

Estou vivendo uma maratona de estudos, por conta da Especialização que anda fazendo, a conclusão dos estudos será nos próximos dias 30 e 31 de agosto. Logo, estarei atualizando as informações por aqui.

Sei que muit@s acompanham o Blog e já notaram a ausência de novas informações.

Setembro, retomaremos as atividades.!!!

Grande abraço!

Alcir Borges

sexta-feira, 15 de junho de 2012

RIO + 20


A Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, será realizada de 13 a 22 de junho de 2012, na cidade do Rio de Janeiro. A Rio+20 é assim conhecida porque marca os vinte anos de realização da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (Rio-92) e deverá contribuir para definir a agenda do desenvolvimento sustentável para as próximas décadas.

A proposta brasileira de sediar a Rio+20 foi aprovada pela Assembléia-Geral das Nações Unidas, em sua 64ª Sessão, em 2009.

O objetivo da Conferência é a renovação do compromisso político com o desenvolvimento sustentável, por meio da avaliação do progresso e das lacunas na implementação das decisões adotadas pelas principais cúpulas sobre o assunto e do tratamento de temas novos e emergentes.

A Conferência terá dois temas principais:

 
  • A economia verde no contexto do desenvolvimento sustentável e da erradicação da pobreza; e
  • A estrutura institucional para o desenvolvimento sustentável.
A Rio+20 será composta por três momentos. Nos primeiros dias, de 13 a 15 de junho, está prevista a III Reunião do Comitê Preparatório, no qual se reunirão representantes governamentais para negociações dos documentos a serem adotados na Conferência. Em seguida, entre 16  e 19 de junho, serão programados os Diálogos para o Desenvolvimento Sustentável. De 20 a 22 de junho, ocorrerá o Segmento de Alto Nível da Conferência, para o qual é esperada a presença de diversos Chefes de Estado e de Governo dos países-membros das Nações Unidas.

quinta-feira, 24 de maio de 2012

DIA D - AGRIFAL 2012





Belém Sedia a Feira da Agricultura Familiar da Amazônia Legal - AGRIFAL

HANGAR CENTRO DE CONVENÇÕES

Agrifal apresenta mapa amazônico do mundo rural
Mais de 25 mil pessoas estão sendo esperadas como público da primeira Feira da Agricultura Familiar da Amazônia Legal (Agrifal), que acontecerá neste fim-de-semana, de 25 a 27 de maio, no Hangar, em Belém, com realização da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater) e confraternização dos governos e produtores rurais dos nove estados da região: além do Pará, incluem-se Acre, Amapá, Amazonas, Rondônia, Roraima, Maranhão, Mato Grosso e Tocantins.
Estarão presentes na abertura do evento, às 19h do dia 25, sexta-feira, o governador do Pará, Simão Jatene; a presidente da Emater, Cleide Amorim; o secretário nacional de agricultura familiar do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), Laudemir Müller; o presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Rubens Santos; o diretor do Departamento de Assistência Técnica e Extensão Rural (Dater) do MDA, Argileu Martins; o secretário estadual de desenvolvimento econômico e incentivo à produção do Pará, Sidney Rosa; o secretário de estado de agricultura do Pará, Hildegardo Nunes;  o diretor executivo da Associação Brasileira das Entidades Estaduais de Assistência Técnica e Extensão Rural (Asbraer), Hector Barreto, e mais representantes dos governos estaduais do Amapá, Amazonas, Maranhão e Mato Grosso.  
O principal objetivo da Agrifal é divulgar e valorizar, no contexto da Amazônia, o trabalho dos pequenos produtores rurais (tradicionais, pescadores, quilombolas, indígenas e artesãos), responsáveis pelo abastecimento em mais de 70% da mesa e indústria brasileiras, de acordo com dados do MDA, e o amparo governamental que vem estruturando e ajudando a desenvolver o setor.
Serão demonstradas as políticas públicas vigentes, as tecnologias disponíveis e os avançados alcançados e visados; serão também lançadas publicações científicas da Emater, como um livro bilíngüe sobre metodologias e 11 cartilhas sobre culturas específicas (açaí e cacau, por exemplo).  A Secretaria de Estado de Agricultura (Sagri) apresentará uma variedade de cultivar de cupuaçu mais produtiva e com mais resistência a pragas.
 Além disso, palestras, cursos e oficinas oferecerão aperfeiçoamento a profissionais especializados – desde a merendeiras, que poderão aprender a manipular melhor matérias-primas da agricultura familiar, até a engenheiros agrônomos, que poderão discutir a realidade do biocombustível. Por exemplo: uma oficina de Cozinha Saudável, com chefes renomados de Belém, orientará o preparo de receitas culinárias à base de pescado.
Caravanas com mais de mil agricultores de 42 municípios do Pará participarão de uma programação científica e cultural exclusivas, com oficinas, palestras, cursos e visitação de trilhas informativas.
A oportunidade será também para consumidores da região metropolitana de Belém conhecerem e comprarem produtos agroecológicos, representativos da cultura paraense, a preços menores e de qualidade garantida pelo acompanhamento científico via projetos da Emater. Sessenta e oito agricultores de 39 municípios paraenses comercializarão derivados do açaí, bombons, geléias, artesanato, queijo, mel, própolis, cosméticos naturais, plantas ornamentais, pimenta e hortaliças orgânicas, entre outros.
Haverá, ainda, as seguintes seis ilhas temáticas, com fotos, maquetes, mostra de projetos e práticas, exibição das cadeias produtivas e de produtos finais e presença de técnicos da Emater e de produtores atendidos: “Sociobiodiversidade e Turismo Rural”, “Fruticultura, Floricultura e Orgânicos”, “Pequenos e Grandes Animais”, “Mandioca e Derivados”, “Bionergia” e “Turismo Rural”.
Quatro Armazéns de Serviços resumirão empreendimentos familiares apoiados pela Emater e parceiros institucionais e esclarecerão sobre políticas públicas do setor, como o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae).
O Modelo Rural, uma réplica de uma fazenda com minicentros de produção que a Emater mantém em Castanhal, no nordeste paraense, terá instalação extraordinária na Agrifal, em um espaço de 224 m², com técnicos da Emater ensinando, por exemplo, como cultivar hortas orgânicas em sacadas de apartamentos e como fabricar ração alternativa (com restos de alimentos).
No mais, reuniões importantes acontecerão ao longo da Agrifal, como a entre Emater, Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico e Incentivo à Produção (Sedip) e governo de Minas Gerais, sobre a implantação do programa Pró-Genética, para o melhoramento do rebanho bovino do Pará. O Plano Estratégico de Turismo Rural do Estado do Pará também será lançado no dia 27, domingo, com coordenação da Companhia Paraense de Turismo (Paratur).
A agenda cultural terá concurso de beleza e simpatia de Rainha Encanto do Campo (entre agricultoras), mostra de fotografias tiradas por extensionistas e shows do grupo feminino Charme do Choro (dia 25), Nilson Chaves  (26) e Arraial do Pavulagem (27). Para o acesso a essas duas últimas apresentações, será necessário entregar um quilo de alimento não-perecível, que a Emater doará para instituições de caridade da região metropolitana de Belém.
 
Texto: Aline Miranda - 27/05/2012

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Primeira feira da agricultura familiar reunirá em Belém os estados da Amazônia Legal



 Palestras, oficinas, armazéns de serviços, espaços interativos, ilhas temáticas, shows artísticos, exposição e comercialização de produtos são programações confirmadas para a primeira Feira da Agricultura Familiar da Amazônia Legal (Agrifal). O evento que tem o objetivo de  mostrar a biodiversidade  e a potencialidade da agricultura familiar amazônica  tem realização da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater)  e acontece de 25 a 27 de maio em Belém, no Hangar- Centro de Convenções e Feiras da Amazônia.  A Feira vai reunir em Belém as experiências agrícolas familiares dos estados do: Acre, Amazonas, Amapá, Maranhão, Matogrosso, Pará, Roraima, Rondônia e Tocantins.
Cerca de 1200 agricultores familiares de 74 municípios paraense estão sendo esperados para o evento, divididos em caravanas e expositores.  Quem for a Feira terá disponível para compra in natura, ou artesanalmente processada, diversos produtos da agricultura familiar,  muitos deles produzidos sob a ótica da agroecologia e  por preços que chegam até 15% menor que os encontrados nas feiras de Belém.  Para a Feira também está confirmada uma delegação do Suriname, a representatividade do País sul-americano vem para conhecer as técnicas de ATER  empregadas no Pará.
Sob a temática, “Interagindo a sociobiodiversidade, a segurança alimentar e o desenvolvimento rural sustentável”, a Agrifal que está entendida como  um espaço de interação e comunicação entre a sociedade civil e agricultura familiar,  vai trazer para o Hangar  seis  ilhas temática, sendo a maior delas a ilha da sociobiodiversidade e turismo rural. Em 36 metros quadrados serão mostradas:  cestaria e bonecas feitas da fibra do açaí; um torno para confecção, por quilombolas, de panelas (ao vivo); barco representativo do Eixo Forte de Santarém; representatividade do sincretismo religioso; cuias de Santarém – também para venda.  A disposição dos visitantes também estará uma benzedeira quilombola, além da chance de terem os cabelos transformados com penteados afros.

Texto: Iolanda Lopes
Publicado originalmente no site da EMATER-PARÁ

FALTAM 3 DIAS... AGRIFAL 2012


quinta-feira, 17 de maio de 2012

Açaí não é classificado como fruta vermelha

Açaí não é classificado como fruta vermelha

Lucivaldo Sena/ Arquivo Ag. Pará
Representantes de vários órgãos federais e estaduais aceitaram os argumentos de que o açaí não é fruta vermelha

Da Redação
Agência Pará de Notícias
Atualizado em 17/05/2012 às 17:54

Em reunião realizada na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em Brasília (DF), com representantes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará) e Superintendência da Agricultura do Pará (SFA/PA), foi definido o documento que será encaminhado ao Codex Alimentarius (código alimentar) sobre frutas vermelhas (berries). Na reunião foi questionada a classificação do açaí como integrante dessa categoria.
Segundo os fiscais agropecuários, o açaí não pode ser incluído entre as frutas vermelhas por vários fatores, entre os quais a produção no campo, diferente do morango, da framboesa negra, do mirtilo e outras espécies. Por isso, não se adapta às exigências definidas pelo Codex para frutas vermelhas, já que o açaí está incluso nas normas para frutas de forma geral. Os argumentos foram aceitos por todos os presentes.
Participaram da reunião os fiscais estaduais agropecuários, Ana Gabriela Polaro e José Severino dos Santos, ambos engenheiros agrônomos da Adepará, e o fiscal federal agropecuário José Carlos, da SFA/PA.
O Codex Alimentarius é uma coletânea de padrões reconhecidos internacionalmente como códigos de conduta, orientações e outras recomendações relativas aos alimentos, incluindo produção e segurança alimentar.

Texto:
Andréa Ferreira - Adepara
Fone: (91) 3210-1106 / (91) 8252-6442
Email: andrea.adepara@gmail.com

Agência de Defesa Agropecuária do Pará
Travessa Piedade, 651 Belém-PA CEP: 66053-210
Fone: (91) 3210-1104/1102
Site: http://www.adepara.pa.gov.br/ Email: gab@adepara.pa.gov.br

Produtores de abacaxi de Salvaterra aprendem uso correto de agrotóxico

Produtores de abacaxi de Salvaterra aprendem uso correto de agrotóxico

Da Redação
Agência Pará de Notícias
Atualizado em 17/05/2012 às 16:26

Ensinar o uso correto e seguro de agrotóxicos na plantação é o objetivo do curso que será ministrado, nos dias 23 e 24 de maio, aos agricultores do distrito de Monsarás, em Salvaterra, município do Arquipélago do Marajó. A capacitação, promovida pela Secretaria de Estado de Agricultura (Sagri), faz parte do Programa de Produção Integrada de Frutas, implantado em Salvaterra com os produtores de abacaxi.

Os produtos fitossanitários são importantes na proteção das culturas contra o ataque de pragas, doenças e plantas daninhas, mas podem ser perigosos se usados de forma incorreta. Esse curso tem o propósito de orientar o produtor no uso de práticas que podem ser agressivas ao meio ambiente, ensinando o uso racional de agrotóxicos, fundamental no sistema da produção integrada de abacaxi.
Serão capacitados técnicos, produtores, estudantes e demais profissionais da área agrícola, em todas as etapas do uso correto e seguro de agrotóxicos. Os palestrantes serão o professor Mauro Sérgio Alamar de Souza, do Colégio Tenente Rego Barros, e o engenheiro agrônomo Luiz Carlos Cordeiro, da Agência de Defesa Agropecuária do Pará (Adepará).
Entre os temas que serão abordados durante o curso estão produção e sustentabilidade do cultivo do abacaxi em Monsarás, legislação sobre o uso de agrotóxicos e atuação da Adepará na fiscalização do uso de defensivos agrícolas. A visita prática a uma plantação de abacaxi simulará como é feita a fiscalização de agrotóxicos.
O curso sobre o uso correto e seguro de agrotóxicos será realizado pela Sagri e Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), com o apoio da Adepará e Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Pará (Emater).

Texto:
Leni Sampaio - Sagri
Fone: (91) 4006-1210 / (91) 9114-3113
Email: lenisampaio@agenciapara.com.br

Secretaria de Estado de Agricultura
Tv. Do Chaco, 2232. Belém-PA. CEP 66090-120
Fone: (91) 3226-8904/1363
Site: www.sagri.pa.gov.br Email: gabinete@sagri.pa.gov.br

Índios tembé fazem reféns em Tomé-Açu

Índios tembé fazem reféns em Tomé-Açu

Quinta-Feira, 17/05/2012, 15:25:13 - Atualizado em 17/05/2012, 15:52:35

Índios do povo Tembé, da reserva de Turé-Mariquita, em Tomé-Açu, fazem de reféns cerca de 10 funcionários do consórcio BioVale. De acordo com informações da coordenação técnica da Fundação Nacional do Índio (Funai), os indígenas protestam contra impactos ambientais resultantes da atividade da empresa, que tem plantações de dendê no entorno da aldeia.
No início da madrugada, os índios chegaram a bloquear a passagem sobre uma ponte do ramal que dá acesso  à Vila Socorro, à empresa e à própria aldeia. Já no fim da manhã, eles teriam liberado a estrada, mas teriam levado para dentro da aldeia os funcionários da Biovale e os veículos que eles ocupavam - quatro caminhonetes, dois tratores e uma caçamba.
Segundo Juliana Duarte, técnica da Funai, a principal queixa dos indígenas é relativa à poluição da água da região pelos agrotóxicos utilizados pela empresa na plantação. Outra situação denunciada é o avanço da plantação sobre os limites da reserva.
A técnica também explicou que essa não é a primeira vez que os índios reclamam dos danos e pedem compensação pelos impactos ambientais. "Eles já haviam enviado documentos à empresa, relatando os danos e pedindo a resolução do problema, mas até agora não obtiveram resposta", explica Juliana Duarte.
A Funai está negociando a liberação dos reféns.
Mais informações em instantes.
FONTE: (DOL)

Expansão do dendê pela Amazônia gera problemas

Maior produtor de dendê do país, o estado do Pará é o principal parceiro do governo federal na implantação do projeto de expansão da dendeicultura na Amazônia. As estimativas de crescimento são desencontradas: o ex-ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento Reinhold Stephanes, hoje deputado federal (PSD-PR), chegou a falar em 10 milhões de hectares, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Agroenergia fala em 1 milhão, o governo paraense fala em 210 mil até 2014, e as empresas falam em 135 mil hectares de dendê até 2015.
Independentemente dos números, o plano do governo é fazer o máximo esforço para garantir a participação (e o trabalho) da agricultura familiar nessa nova empreitada. O Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) estimou que 800 famílias estariam integradas ao cultivo do dendê até final do ano passado. Já o governo do Pará aposta em 13 mil até 2014. Como o dendê tem uma vida muito curta após a colheita – tem que ser processado em 24 horas para que não haja degradação das enzimas -, a lógica para o novo negócio da agricultura familiar é a integração com uma grande empresa (como acontece com os produtores de aves e fumo na Região Sul, por exemplo). Em contrapartida, a promessa do governo é que os ganhos de uma família com a dendeicultura cheguem a R$ 2 mil por mês, depois dos quarto mês de vida da palmeira, quando ela começa a produzir.
O pacote de “boas intenções” não encontra, porém, um equivalente na realidade do campo, como se verificou na comunidade do Ramal km 16 da Rodovia PA-252, na região do Baixo Acará, município de Acará (PA).
Era julho e fazia muito calor. Marcos Teixeira dos Reis, com seus 30 e poucos anos, estava em casa. Sua mulher, agente comunitária de saúde, estava em atividade externas. Os dois compõem um dos núcleos familiares que tomou um empréstimo de R$ 65 mil para plantar 10 hectares de dendê em parceria com a Biovale, uma das maiores empresas de dendê no Pará criada a partir de uma joint venture entre a mineradora Vale SA e a empresa canadense Biopalma.
Marcos acredita cegamente na promessa de renda de R$ 2 mil a partir do 4° ano do dendê. Mas, pelo menos até aquele momento, as coisas estavam apertadas. Sozinho no trabalho de campo, calculava que teria de contratar mais dois ou três ajudantes para formar o dendezal, roçar o mato e cuidar do plantio. Com o contrato com a Biovale, veio também um financiamento de R$ 500 mensais do banco (parte do programa de dendê para a agricultura familiar), mas este dinheiro de longe não é suficiente para garantir o sustento da família e ainda pagar uma ajuda na lavoura. “A esperança é que eu consiga um trabalho na construção civil para pagar os diaristas. Infelizmente, não sobrará tempo para tocar a roça de mandioca e urucum”, únicas fontes de renda, lamenta.
O que Marcos não contou, todavia, é que todo o trabalho dos últimos meses no plantio do dendê havia sido em vão. Foi sua vizinha, Jucimara da Conceição, quem revelou o drama do casal. Também parceira da Biovale, ela conduziu a reportagem até a área de roça. “Estão vendo essas mudas de dendê no meio do matagal? São do Marcos. Só que ele plantou no nosso terreno, por descuido. Vai ter que arrancar tudo e replantar. Coitado”.
“Aquele amontoado de muda sobrou do último plantio porque ele simplesmente não deu conta”, completou Jucimara. Sem dinheiro e contando apenas com a própria força de trabalho, Marcos enfrenta dificuldades para fazer os tratos que o cultivo do dendê exige nos primeiros anos de vida (limpeza, adubação e poda), sob pena de ver a produtividade de suas palmeiras sensivelmente prejudicada no futuro. “Olha só o mato alto. É preciso no mínimo três pessoas trabalhando duro todos os dias pra tirar. E aí, quando chove, cresce tudo de novo. Sem trato, o dendê não produz. Sem produção, não tem dinheiro pra viver e pagar as dívidas. Não sei o que vai ser desse menino”, comentou a vizinha.
Mas Jucimara e seu marido Walmir Matias não estavam em uma situação muito melhor. Receberam as mudas da Biovale sem ter contratado o empréstimo no Banco da Amazônia (Basa) porque têm uma pendência de R$ 12 mil de um financiamento anterior do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), contratado em 1994. “Na época, plantamos laranja, mas um incêndio queimou tudo. Depois, plantamos coco. E também não deu certo”. De acordo com ela, a Biovale adiantou R$ 1,5 mil, as mudas e o adubo, e fez uma nota promissória de tudo. A empresa também ficou com a documentação da terra, apesar de não ter feito nenhum contrato formal de parceria com a família.
Sem condições de trabalhar sozinho no roçado, Walmir foi procurar serviço de pedreiro na Biovale para pagar dois ajudantes para limpar o dendezal. As parcelas mensais de R$ 500 que recebem da empresa são divididas entre o casal e seus dois ajudantes. “Não é nada para quatro pessoas. Estamos nos endividando sem saber como vamos fazer para pagar. É uma situação que Deus me livre”, desabafou a agricultora. Tanto que o plano era vender a casa da família para quitar a antiga dívida do Pronaf e pagar a Biovale. Depois disso, tentariam um empréstimo junto ao Basa.
Contextualização
A institucionalização do dendê (ou palma) na Amazônia como matéria-prima para biodiesel, no âmbito do Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel (PNPB), ganhou mais consistência a partir de três iniciativas do governo federal levadas a cabo ainda em 2010: a publicação do Zoneamento Agroecológico da Palma, a proposição de um projeto de lei para regulamentar aspectos ambientais da dendeicultura, e um programa de incentivos para a produção de palma – o Programa de Produção Sustentável de Palma de Óleo -, com itens dedicados à inclusão da agricultura familiar na cadeia produtiva.
Este conjunto de medidas transformou o dendê em uma das estrelas do programa agroenergético do MDA. No Pará, Estado com a maior produção do país, foi criado um dos chamados “Pólos de Produção de Biodiesel” – principal estratégia da pasta para promover a inclusão de agricultores familiares na cadeia de produção do biodiesel –, abrangendo 37 municípios prioritários para investimentos na dendeicultura. Paralelamente, o governo criou uma linha especial de financiamento para o dendê (Pronaf Eco), direcionou a regularização fundiária, por meio do programa Terra Legal, para os potenciais produtores de dendê (dada a importância da titulação das terras para o acesso ao crédito), e tem participado ativamente das negociações, junto ao setor empresarial, das condições para a expansão de iniciativas na área.
O Pará conta com várias empresas instaladas. Juntas, ocupam cerca de 80 mil hectares de dendê. Quanto aos projetos de expansão, a Agropalma, a maior e mais estruturada delas, quer chegar a 51 mil hectares até 2015. No mesmo período, a Denpasa quer chegar a 10 mil hectares, e a Dentauá deve manter estáveis os seus atuais 5,6 mil hectares. A Marborges quer cultivar 5,5 mil, e a Palmasa, 5 mil hectares.
As empresas que chegaram mais recentemente ao Estado têm planos mais audaciosos. A Biovale – joint-venture da canadense Biopalma com a mineradora Vale –, que iniciou seus cultivos em 2008, pretende chegar aos 80 mil hectares em 2016. A Petrobrás fala em 70 mil hectares até 2018, e a multinacional norte-americana ADM estabeleceu como meta começar com 21 mil hectares já no ano passado.
É importante frisar, no entanto, que, devido à grande demanda das indústrias alimentícia e de cosméticos para o óleo de dendê, apenas a Agropalma (entre todas as empresas que atuam no Pará) destinou, até meados de 2010, uma pequena porcentagem da sua produção ao biodiesel. Isso significa que o sucesso do projeto agroenergético do governo dependerá, pelo menos no curto prazo, dos novos empreendimentos. E este fator deve definir, em grande medida, como agricultores familiares e trabalhadores rurais se encaixarão na cadeia produtiva da dendeicultura.
Por Verena Glass
Fonte: Repórter Brasil*
O texto faz parte do Especial “Mapa Social” divulgado hoje pela Repórter Brasil e que apresenta reportagens que tratam de cada uma das cinco regiões do país sob perspectivas singulares e, ao mesmo tempo, complementares.
TEXTO ORIGINAL PUBLICADO NO SITE:
http://amazonia.org.br/2012/05/expans%C3%A3o-do-dend%C3%AA-pela-amaz%C3%B4nia-gera-problemas/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=expans%25c3%25a3o-do-dend%25c3%25aa-pela-amaz%25c3%25b4nia-gera-problemas

segunda-feira, 14 de maio de 2012

II SEMANA DO EMPREENDEDORISMO FCAT

FAZENDA SHOW

Desmate no Brasil tem maior impacto climático


Estado de S. Paulo
Um estudo divulgado ontem pela revista científica Nature Climate Change mostrou que nem todos os desmatamentos trazem o mesmo impacto climático. Quando a floresta foi derrubada para a confecção de móveis, por exemplo, quase todo o carbono permanece estocado durante décadas. Contudo, quando a floresta é transformada em carvão ou papel, praticamente todo o CO2 é liberado.
Os cientistas da Universidade da Califórnia em Davis, responsáveis pelo estudo, afirmam que a derrubada de madeira na Europa ou nos EUA está associada a usos em que o estoque de carbono é preservado. Brasil e Indonésia seriam países que derrubam as florestas de forma mais nociva, pois o carbono é liberado.

Matéria original publicada em Estado de S. Paulo

ONU no Brasil lança campanha para a Rio+20


Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York
Ação incentiva brasileiros a participarem da conferência por meio de textos, fotos ou vídeos; apresentação para a mídia ocorre nesta segunda, no Rio de Janeiro.

O Centro de Informação das Nações Unidas no Brasil, Unic Rio, apresenta, nesta segunda-feira, duas ações para a Rio + 20. A campanha "Eu sou Nós" incentiva os brasileiros a participarem da conferência.
Poderão ser enviados vídeos, textos e fotos para o site "O Futuro que Queremos", que é a página oficial da Rio + 20 em português. Segundo o Unic Rio, brasileiros famosos e anônimos participaram das peças de divulgação do projeto.
Plataforma Digital
A apresentação para a imprensa da campanha será no Palácio Itamaraty. A outra ação que será lançada é a Agenda Total, uma ferramenta  de comunicação inédita de interação entre a ONU e a sociedade civil brasileira durante a Rio+20.
A ideia, segundo o Unic Rio, é criar uma plataforma de colaboração de conteúdo online sobre a programação e eventos planejados para a Conferência sobre Desenvolvimento Sustentável.
A Rio + 20 vai marcar duas décadas desde a ECO-92 e ocorrerá de 20 a 22 de junho, no Rio de Janeiro.
Originalmente publicado no site do IPAM