quinta-feira, 28 de julho de 2011

Deputado Zé silva (PDT-MG) fala sobre Extensão Rural para a ASBRAER

Entrevista | Deputado Zé Silva (PDT-MG)

"Precisamos, no mínimo, de 35 mil extensionistas rurais"
Ele foi extensionista rural, se formou em agronomia, presidiu a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais e também a Associação Brasileira das Entidades Estaduais de Assistência Técnica e Extensão Rural (ASBRAER), se elegeu, em 2010, deputado federal. Hoje, na Câmara dos Deputados, conseguiu instalar a Frente Parlamentar de ATER e preside a Subcomissão Especial da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural.
O mineiro Zé Silva chegou ao Congresso Nacional e rompeu com uma antiga tradição de que política era um tema proibido para os extensionistas rurais. Como deputado federal, colocou a questão em evidência e vem demonstrando que os temas sociais voltadas para o campo passam necessariamente pela atuação dos extensionistas, uma categoria, até então, relegada a um plano secundário, a partir do desmonte ocorrido, em 1990, pelo ex-presidente Fernando Collor de Mello.
Ao lado da ASBRAER e de outras organizações voltadas para o campo, o deputado Zé Silva defende a recriação de um órgão que cumpra papel semelhante ao da extinta Embrater, é autor da Proposta de Emenda à Constituição (PEC nº 49), que institui um piso salarial nacional para os extensionistas de nível médio e superior, e a ampliação do quadro da categoria por meio de concursos públicos. Zé Silva, como é tratado por todos dentro e fora do Congresso Nacional, tornou-se um porta-voz da demanda dos extensionistas no Parlamento brasileiro e também na América Latina. Em entrevista exclusiva ao site da ASBRAER é detalha seus projetos à frente do mandato como parlamentar.

 

O Plano Safra da Agricultura Familiar 2011/2012 prevê R$ 127 milhões para a extensão rural. O senhor acha que esse recurso é suficiente?

Esse dinheiro não é nem a metade do que precisamos hoje. Estimamos que o custo da extensão rural estatal do país chega a R$ 1,2 bilhão. Se considerarmos que o governo federal participaria com 35%, deveríamos ter pelo menos R$ 500 milhões para a extensão rural.

 

Um dos principais projetos do governo federal é a erradicação da fome e da miséria, concentrada no meio rural. Qual é o papel do extensionista nesse projeto nacional?

Vejo a extensão rural como a principal ferramenta de construção, de desenvolvimento de políticas públicas e de alternativa para dar oportunidade às populações mais excluídas dos grotões do Brasil de acessar as políticas públicas. Tenho reafirmado que a última ou a primeira esperança de uma família rural acessar os serviços oferecidos pelo Estado passa pela extensão rural.

 

Em 1990, no primeiro ano do governo do então presidente Fernando Collor de Mello, ocorreu o desmonte do sistema de assistência técnica e extensão rural. Como o senhor avalia a possibilidade de resgate da estrutura da extinta Embrater?

Até 2002, a extensão rural não fazia parte do debate nacional. Hoje, ela vive um momento diferente e começa a ser reconhecida pelo Estado brasileiro. Tanto o ex-presidente Lula quanto a presidente Dilma valorizam esse serviço. Em 2007, propus ao Ministério do Desenvolvimento Agrário um Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) da Extensão Rural, levando em conta que somente se transforma um serviço com decisão política e recursos. Hoje, há um desequilíbrio muito grande decorrente daquele desmonte, quando o então presidente Collor de Mello deixou apenas para os estados a responsabilidade pela prestação desse serviço. Atualmente, estamos lutando para elevar para 35% a participação do governo federal no financiamento da extensão rural, o que possibilitaria aos estados contratar mais técnicos, melhorar a infraestrutura, o salário e as condições de trabalho. Mais do que isso, defendemos a criação de uma entidade nacional que faça a coordenação dessa política nacional.

 

O senhor afirma que desde o ex-presidente Lula e, agora, a presidente Dilma começou haver uma valorização da extensão rural. Quais foram os gestos que o levaram a concluir que houve uma mudança de comportamento do Executivo?

Avançamos quando foi construída a política nacional de assistência técnica e extensão rural, mas há recursos pulverizados em diversos municípios. Insistimos na ideia de que é preciso ter uma coordenação única dos recursos destinados à extensão, hoje pulverizados pelos ministérios da Agricultura, do Desenvolvimento Agrário, do Desenvolvimento Social, da Ciência e Tecnologia, da Integração, da Educação, da Pesca e por outros órgãos de governo. É preciso considerar que a extensão, como educação não formal, é uma ferramenta de transformação. De 2003 para cá, conseguimos aumentar em quase 60% o número de extensionistas, mas, ainda assim, é necessário dobrar a quantidade de extensionistas. Temos cerca de 17 mil extensionistas, mas precisamos, no mínimo, de 35 mil. Propomos, e está em tramitação na Câmara, um projeto de emenda constitucional que institui um piso nacional de salário para os extensionistas, até porque eles são educadores. Defendemos ainda que a extensão rural seja compreendida como serviço essencial, assim como ocorre com a saúde, a segurança e a educação.

 

Quando o senhor falar em uma instituição que centralize a política e os recursos, significa a recriação da extinta Embrater?

Creio que o momento é outro. Deveríamos ter uma secretaria nacional de assistência técnica e extensão rural, com autonomia, como tivemos a da pesca que se transformou em ministério. Não seria uma Embrater, mas uma entidade com mais rapidez e enxuta. Eu defendo um estado moderno, não aquele que fica ausente, mas um estado pedagógico, que constrói e executa políticas públicas com a sociedade, e vai fazer outro serviço. Alguns acham que poderia ser uma agência nacional. Não sei qual seria o formato. Sou adepto de construção e acho que temos muitas lideranças nacionais no campo da extensão rural e da agricultura familiar que podem, em curto prazo, construir essa instituição. Creio que a ASBRAER, a Contag (Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura) e outras organizações têm condições de rapidamente apresentar uma proposta à presidente Dilma [Rousseff] referente à criação dessa entidade nacional e também as diretrizes para a transformação do desenvolvimento sustentável do país.

 

Na última reunião do Condraf (Conselho Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável), o ministro do Desenvolvimento Agrário, Afonso Florence, deixou claro que não vê possibilidade de realização da Conferência Nacional de ATER este ano. Uma das dificuldades, ou a maior delas, é o contingenciamento orçamentário. O senhor acha que ainda será possível realizar a conferência em 2011?

Pela importância que tem a extensão rural para o Brasil sem Miséria, para a agricultura familiar, tanto em nível nacional quanto internacional, acho que é necessário realizar a conferência de ATER para que possamos avaliar os pontos que precisamos avançar.

 

Quais seriam as questões mais prementes para a extensão rural brasileira na sua avaliação?

O primeiro deles é o governo federal garantir mais recursos para o setor. O segundo seria ter uma entidade nacional de coordenação e, por último, fazer uma análise da lei de assistência técnica e extensão rural (Lei nº 12.188/2010), que foi uma grande conquista. Temos uma lei que regulamenta a extensão rural e, por isso, não podemos abrir mão de fazer essa conferência.

 

O senhor integra a Frente Parlamentar de Combate à Fome na América Latina e Caribe. O que difere o Brasil dos demais países?

Percebi que toda a América e o mundo veem o Brasil diferente, porque temos uma lei da agricultura familiar, uma lei da assistência técnica e extensão rural e temos um programa nacional de alimentação escolar. Esse aparato legal e institucional precisa ser avaliado todos os anos para identificarmos os avanços e os gargalos que precisam ser corrigidos.

 

Em síntese, qual seria o gargalo mais sério a ser vencido?

É necessário um acordo entre o governo federal e os estados para que, rapidamente, seja realizado concurso público em todas as unidades da Federação, permitindo a contratação de mais profissionais. Ao mesmo tempo, é preciso criar a carreira de extensionista, fixar um piso salarial e eliminar a discrepância que existe entre a remuneração e as condições de trabalho entre os estados. No campo mais intelectual, é necessário um programa nacional de formação de extensionistas. Defendo o desenvolvimento de um programa de modernização da gestão das entidades estaduais de assistência técnica e extensão rural, a fim de elas tenham acesso às ferramentas da tecnologia da informação para compartilhar os conhecimentos e ajudar na formação dos gestores.

 

Recentemente, a Câmara travou um grande debate motivado pela revisão do Código Florestal Brasileiro. A discussão segue aberta no Senado e poderá voltar à apreciação dos deputados. Qual é efetivamente a contribuição que o extensionista rural poderá oferecer para garantir a preservação do patrimônio ambiental e o avanço da agricultura familiar?

Tenho afirmado, nesses quatro meses, que tem muita gente que fez o curso de oratória. Eu estou fazendo o curso de escutatória. Acho que as leis refletem exatamente um amadurecimento da sociedade. Então, o Código Florestal, com certeza — em qualquer que seja a versão —, será melhor do que o de 1965, quando não houve a participação da sociedade. Creio que o grande desafio é conciliar e garantir às gerações futuras, na pior das hipóteses, as mesmas condições do nosso meio ambiente hoje e ao mesmo tempo produzir alimentos para combater a fome, a miséria, as desigualdades, que hoje são o mal do século e que afligem a todos nós. Esse equilíbrio entre produção de alimentos e preservação ambiental é o maior desafio a ser vencido. Para isso, é preciso tirar um pouco também os exageros que existem dos dois lados. Por exemplo, não sou favorável ao perdão para os desmatadores, mas também discordo da proposta que impede o agricultor, que está há 50 anos com sua lavoura em área de preservação permanente, de continuar com sua atividade. O Estado brasileiro não pode tratar os diferentes de forma igual. Precisamos tirar esse debate do campo ideológico e torná-lo pragmático. A agricultura familiar representa 38% do valor bruto da produção. Ela é responsável por sete de cada 10 empregos criados no campo.
FONTE: site ASBRAER

quarta-feira, 27 de julho de 2011

EMATER-PARÁ em Abaetetuba realizará Capacitação de Piscicultores Familiares em Ração Caseira para Peixe


ComunidadeMurutinga

No dia 10 de agosto de 2011, haverá um curso de fabricação de ração caseira para piscicultores familiares que realizam o  cultivo de peixes no sistema extensivo, visamos atender 40 famílias de  produtores em subsistência  alimentar.

O curso será realizado na comunidade Murutinga, as 8:00 hs e atenderá produtores do grupo de piscicultura da comunidade Murutinga que foi criado pelo Extensionista Rural I - Flávio Ikeda - Engº Agrônomo a pedido da própria comunidade rural , possuia uma demanda agora atendida pelo Esloc Abaetetuba, onde iniciou-se acompanhamento técnico pelo Extensionista Rural II - Técnico em Aquicultura na atividade de piscicultura. Além de produtores das comunidades vizinhas como curuperê-Miri, Comunidade Vasco e Colônia velha.

Grupo Murutinga:
Pedro da Costa Albuquerque (4 membros da família), 
Sebastião Alves Gomes(5 membros da família), 
Francisco Evaldo C. Magalhães( 5 membros da família),
Elias das Passos (4 membros da família) 
Raimundo Nonato (5 membros da família) e 
Leonel dos Santos (5 membros da família):  
totalizando  6 produtores diretos e 25 indiretos.

Extensionistas Presentes na atividade:
 
Flávio Ikeda - Emater-Pará - Instrutor
Geovanny Farache - Emater-Pará - Instrutor
Leonardo Rodrigues- Técnico em Pesca - Emater-Pará - Instrutor

A confecção da ração alternativa e realizada com os recursos oriundos da própria comunidade e balanceadas aproximadamente pelo Extensionista Rural Geovanny Farache, onde obteve o repasse desta metodologia pela Técnica em Aquicultura - Simone Silva - Esloc .

Espera-se realizar a utilização da ração alternativa apartir do terceiro mês de cultivo onde utiliza-se somente ração em pó. E em sistemas extensivos de cultivo até o 8 mês espera-se utilizar a ração alternativa. Os ingredientes constituem em raspas de mandioca e macaxeira, folhas de mandioca(secas na sombra), milho, frutas de epoca (jambo, caju,ameixa, castanha do pará, muruci, buruti e açai),farelos de trigo, coco verde, farelos de arroz e outros.... Sendo fundamental os cuidados especiais com certos produtos que rancificam a ração como Coco e tortas de dendê. A aplicação de premix mineral e vitamico fazem parte da formulação da ração.

E necessário ressaltar que os valores nutricionais da ração caseira é bastantes diferenciados da ração comercial, porém ambas possue como característica a flutuação dos peletes.

As inscrições deveram ser realizadas no escritorio local da Emater-Pará -Abaetetuba -
Tel.Cel.: 3751-2338/8010-0909

 Obs.: No mesmo dia será realizado uma Demonstração técnica sobre a biometria- técnica de medição e pesagem dos peixes como metodologia de acompanhamento do crescimento zootecnico dos animais.
FONTE: recebido por e-mail do Extensionista Rural GEOVANNY FARACHE MAIA.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Curso Internacional sobre Polinização - 2011


CURSO INTERNACIONAL SOBRE POLINIZAÇÃO 2011
10 a 24 de setembro de 2011
Flona de Caxiuanã – Melgaço (PA) – Brasil
Temos a satisfação de anunciar a Edição de 2011 do Curso Internacional de Campo sobre Polinização, uma atividade vinculada à Iniciativa Brasileira dos Polinizadores (IBP), o Programa Brasileiro para conservação e uso sustentável dos polinizadores. O curso é aberto à participação de profissionais e estudantes de Pós-Graduação em Biologia e áreas afins e visa formar recursos humanos de nível superior para a conservação e manejo de polinizadores. O curso é aberto a todas as pessoas interessadas no tema, mas será dada prioridade para biólogos para quem o curso proporcionará benefícios significativos as suas pesquisas e/ou ensino. Não é exigido conhecimento profundo sobre polinização. O Curso de Polinização será limitado a 25 participantes. 

O curso de 2011 está sendo organizado pela Embrapa e Museu Goeldi. A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), foi criada em 26 de abril de 1973, tem como missão viabilizar soluções de pesquisa, desenvolvimento e inovação para a sustentabilidade da agricultura, em benefício da sociedade brasileira. A Embrapa Amazônia Oriental surgiu em 1939, como o Instituto Agronômico do Norte (IAN). Trata-se de uma das mais antigas instituições de pesquisa atuando na Amazônia, juntamente com o Museu Paraense Emilio Goeldi, Goeldi é uma instituição de pesquisa vinculada ao Ministério da Ciência e Tecnologia do Brasil. Está localizado na cidade de Belém, Estado do Pará, região amazônica. Desde sua fundação, em 1866, suas atividades concentram-se no estudo científico dos sistemas naturais e socioculturais da Amazônia, bem como na divulgação de conhecimentos e acervos relacionados à região. O curso terá apoio do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Projeto GEF/FAO PolinizadoresFundo Brasileiro para a Biodiversidade (FUNBIO), Programa de Pesquisa em Biodiversidade da Amazônia Oriental (PPBio), International Union of Biological Sciences (IUBS), Canadian Pollination Initiative (NSERC-CANPOLIN) e agências brasileiras de fomento.

A primeira edição deste curso ocorreu no Mexico (1990) em co-participação da Universidade de Guelph e o Jardim Botânico, Estação de Biologia Chamela y Los Tuxtlas da Universidade Nacional Autônoma do México (UNAM). Em 2001 o curso foi oferecido pela Universidade Nacional de Heredia, Costa Rica e pela Universidade de Saint Louis, Missouri Botanical Garden, Estados Unidos da América. A partir de 2003 o curso veio para o Brasil, sendo realizado no Parque Nacional da Chapada Diamantina, Lençóis, Bahia (assim como as edições de 2005, 2007 e 2009), em Limoeiro do Norte, Ceará (2008) e no Parque Nacional de Aparados da Serra, Rio Grande do Sul (2010).

Esta edição ocorrerá numa estação de campo ímpar, a Estação Científica Ferreira Pena (http://www.museu-goeldi.br/ecfpn/), localizada na Floresta Nacional de Caxiuanã, no coração da maior área de floresta tropical contínua do mundo, a magnífica Floresta Amazônica! Além da base científica oferecida pelo curso, os alunos terão a oportunidade de conhecer o modo de vida dos ribeirinhos, bem como a rica cultura da cidade de Belém do Pará, a Cidade das Mangueiras, e apreciar os incríveis rios Amazônicos enquanto viajam de barco para a estação de campo. 

O curso irá abordar desde questões relacionadas à evolução das interações entre plantas e animais à biologia da conservação. Nas aulas teóricas, serão tratados temas específicos e discutidas questões teóricas diversas em ecologia da polinização baseadas em publicações científicas clássicas e recentes. Nas atividades práticas serão realizados exercícios e demonstrações em campo e em laboratório assim como, a elaboração de mini-projetos, cujos resultados serão apresentados pelas equipes de participantes ao final da Oficina. Os dados obtidos durante as atividades de campo deverão ser convertidos em artigos e reunidos em uma publicação.

O curso é bilíngue, realizado na língua portuguesa e inglesa. Espera-se que pelo menos a metade dos alunos sejam estudantes de universidades brasileiras e/ou profissionais interessados no tema e a outra parte venha de universidades da Pan-Amazônia e América do Norte, o que proporcionará boas oportunidades de fazer novos amigos e troca de experiências culturais.

Conteúdo programático do curso
1. Aulas teóricas sobre os princípios da polinização:
• Adaptações das plantas e flores;
• Adaptações dos animais;
• Atrativos florais;
• Recompensas florais;
• Sistemas de incompatibilidade;
• Uso dos sentidos pelos animais;
• Comportamento dos visitantes nas flores;
• Ecologia evolutiva;
• Estrutura da comunidade de polinizadores;
• Conservação dos serviços de polinização;
• Polinização em agroecosistemas.
2. Práticas de laboratório e demonstrações:
• Métodos em biologia floral;
• Métodos em biologia da polinização;
• Identificação de abelhas.
3. Práticas de campo a serem desenvolvidas de acordo com a oferta de flores na flora local e agentes de polinização.
4. Apresentações dos projetos dos estudantes.

Homenagem aos Produtores Rurais

Imagens extraídas da Internet

25 de Julho Dia internacional da Mulher Afro-Latina-Americana e Caribenha


“Meu cabelo é bom! Ruim é o racismo!”
O dia será marcado em Belém com várias atividades com direito à manifestação em via pública, cineclube e roda de conversa, com foco na violência doméstica e com o racismo no cotidiano da mulher negra.

Programação
10:30h - Cabelaço Feminista (ação de rua/Performance no Pátio Belém, concentração em frente ao Shopping).
15:00h às 18:00h - Instituto de Arte do Pará - IAP, Praça Justo Chermont, nº 236 (antigo largo de Nazaré)
·         Projeção de Filme: “CAROLINA”, de Jeferson Brasil, 2003. 15 min. Brasil. Final dos anos 50. Carolina de Jesus escreve seu diário. Dentro de seu barraco ela denuncia a fome, o preconceito e a miséria. Publicada, torna-se um sucesso editorial, sendo editada em 13 línguas. Apesar do reconhecimento imediato e explosivo, ex-favelada falece pobre. Passadas algumas décadas, as palavras de Carolina continuam a ser uma denúncia contra a miséria em que se encontram milhões de mulheres negras. Com Zezé Motta e Gabrielly de Abreu.
·         Lançamento da Carta de Incidência Política construída de forma coletiva, pelo CEDENPA.
·         Lançamento da Campanha da Articulação de Mulheres Brasileiras – AMB, “Pelo fim da violência contra a Mulher Negra”, a qual nos leva a refletir o modo como se articulam a violência doméstica com o racismo no cotidiano da vida da mulher negra, expressa nos aspectos simbólicos e psicológicos da rejeição e controle de nossos cabelos.
·         Roda de Conversa - Provocadoras: Grupo de Mulheres Felipa Aranha.

Realização: ACIYOMI, GRENI, Instituto Nangetu, Felipa Aranha, CEDENPA, MUNE, Rede Fulanas, AMNB e quem mais chegar.

Apoio: Rede de Cineclubes em Terreiros da Zona Metropolitana de Belém. A Rede de Cineclubes em Terreiros da Zona Metropolitana de Belém é uma articulação criada por poroposição do GT de Comunidades Tradicionais de Terreiros da Federação Paraense de Cineclubes - PARACINE, em parceria com a Diretoria Regional Norte do Conselho Nancional de Cineclubes - CNC. Fazem parte da Rede: Cineclube Nangetu, Cineclube ti Bamburucema, Cineclube ACIYOMI, Cineclube ACAOÃ, Cineclube Maristrela (AFAIA), Cineclube Estrela Guia Aldeia de Tupynambá, Cineclube do Turco Jaguarema.
Recebido por e-mail do Movimento Negros.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

ESPÉCIES EXÓTICAS, A PRAGA DO BIOMA AMAZÔNICO.


É apontada como uma das principais causas de perda de biodiversidade do planeta, e responsável por um grande impacto econômico.
 
Não há clima mais propício, alimentação mais abundante, território mais extenso e fiscalização mais vulnerável, para instalação dessas espécies, de que na Amazônia Brasileira. Em algumas regiões o cultivo de espécies exóticas é comum em ambientes proibidos.

Exemplos claros desses crimes ambientais aconteceu no nordeste do Estado do Pará, nos municípios de Tracuateua e Bragança; criação de camarão da espécie Macrobachium rosenbergii (gigante da Malásia) foram cultivados  em ambientes improprios e acabaram escapando para os rios da região.

Em todos os municipios do nordeste paraense, existe cultivo de tilápia, inclusive em tanque-redes, apesar de ser proibido por lei, há anos vem sendo cultivado em escala comercial, e na maioria das vezes acompanhado por um "profissional" da área da pesca, infelizmente.

As espécies estrangeiras, ao se instalarem em novos ambientes, competem por espaço e alimento. Mais a maior preocupação é com a predação de espécies nativas e a contaminação com doenças e parasitas.

Os cultivadores desses animais, talvez já tenham esquecido do Caramujo Gigante Africano (Achatina fulica), que veio para substituir o escargot e acabou virando uma grande praga no Estado do Amazonas e Pará; da Abelha Africana (Apis mellifera) que ao cruzar-se com outras espécies, tornou-se mais agressiva, complicando a vida de muitos amapaenses; da criação extensiva de búfalos na ilha do Marajó, que pisoteiam milhões de alevinos nos campos alagados. Ambos causaram e ainda causam grandes danos aos ecossistemas amazônicos. Exemplo claro desse perigo, é o que está acontecendo nas comunidades de Santa Tereza, Chapada e Campo de Cima, todas no município de Tracuateua, nordeste paraense, onde o gigante da Malásia, invadiu campos alagados. Coincidência ou não, nos últimos anos houve uma diminuição drástica nessa região, dos estoques de espécies como o jacundá, o jeju, cachorro de padre e tamoatá. No município de Bragança no Pará, esta espécie de camarão, também invadiu o rio Caeté. E ja chegou até na região dos lençois maranhense.

A bacia amazônica, com mais de 3 mil espécies de peixes, ainda precisa de espécies exóticas para produzir alimento?

Alô IBAMA.....Alô ICMBio, onde estão vocês???











Texto: Nadson Oliveira (direitos reservados)
Foto: Neidson Moreira
Texto Originalmente publicado no Blog Pesca Artesal Amazônica

Queijos Maely e a EMATER PARÁ convidam para a inauguração

QUEIJOS MAELY
AGROINDÚSTRIA  FAMILIAR  RURAL 
GERAÇÃO DE RENDA E QUALIDADE VIDA NO MEIO RURAL!
Queijos Maely e a EMATER PARÁ convidam para a inauguração da Unidade Agroindustrial Familiar Rural de derivados do leite de propriedade do agricultor familiar Neurivan Bezerra de Souza.
Data: 26 de Julho de 2011 (Terça-feira)
Horário: 09:00 hs
Município: Conceição do Araguaia - Pa
Local: PA-449, Km 45, chácara do Otimismo
Projeto de Assentamento Canarana

APOIO:

25 de Julho - Dia da Mulher Afro-Latino-Americana e Caribenha

O Dia da Mulher Afro-Latino-Americana e Caribenha foi criado em 25 de julho de 1992, durante o I Encontro de Mulheres Afro-Latino-Americanas e Afro-caribenhas, em Santo Domingos, República Dominicana. Estipulou-se que este dia seria o marco internacional da luta e da resistência da mulher negra. Desde então, sociedade civil e governo têm atuado para consolidar e dar visibilidade a esta data, tendo em conta a condição de opressão de gênero e racial/étnica em que vivem estas mulheres, explícita em muitas situações cotidianas. 
 
O objetivo da comemoração de 25 de julho é ampliar e fortalecer às organizações de mulheres negras do estado do Pará, construir estratégias para a inserção de temáticas voltadas para o enfrentamento ao racismo, sexismo, discriminação, preconceito e demais desigualdades raciais e sociais. É um dia para ampliar parcerias, dar visibilidade à luta, às ações, promoção, valorização e debate sobre a identidade da mulher negra brasileira.

...temos o direito a ser iguais quando a nossa diferença nos inferioriza; e temos o direito a ser diferentes quando a nossa igualdade nos descaracteriza. Daí a necessidade de uma igualdade que reconheça as diferenças e de uma diferença que não produza, alimente ou reproduza as desigualdades". Boaventura de Souza Santos
Recebido por E-mail de Maria Luiza - CEDENPA

Emater oferece cursos para mulheres do campo em Ipixuna do Pará


Dois cursos ministrados pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (EMATER-PARÁ), com verbas do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e contrapartida do governo do estado via Pacto Federativo, capacitarão 60 mulheres de Ipixuna do Pará, nordeste do estado, no período de 11 a 22 de julho. As mulheres representam quatro comunidades do município. São agricultoras tradicionais, pescadoras e artesãs.
Os cursos fazem parte de uma série de 200 programados para beneficiar cerca de 50 mil famílias dos 104 municípios dos oito Territórios da Cidadania no Pará.  Já foram realizados 30 cursos. Do total de mais de R$ 12 milhões do Convênio, por volta de R$ 2 milhões são destinados a capacitações. “Um dos grandes desafios nesse sentido em Ipixuna ainda é a não-emancipação das mulheres campesinas. Elas ainda são subjugadas aos homens. Muitas das participantes desses cursos, por exemplo, tiveram que pedir autorização para os maridos. A palavra final continua sendo deles”, lamenta a zootecnista Swasilanne Fonseca, chefe do escritório local da EMATER-PARÁ.
A primeira formação, “Curso de Gênero”, será ministrada de 11 a 15 de julho pela assistente social Sílvia Silva, especialista em políticas públicas e colaboradora da EMATER-PARÁ. Serão 30 alunas. “É um treinamento para a interatividade e para a reflexão”, resume Silva. Ela explica que, pelas metodologias aplicadas, todas se sentam em círculo, o que facilita o entrosamento. Os temas necessariamente perpassam a situação pessoal e profissional da mulher do campo, mas os contextos em cada município são modelados de acordo com a manifestação das próprias presentes: costumam ser recorrentes histórias de violência doméstica, discriminação, desigualdade salarial, baixa escolaridade e desinformação quanto a questões de saúde.
“Nossa principal perspectiva é o ‘discernimento’: o debate defensor da igualdade de gêneros, desde em casa até no mercado de trabalho. E as melhores formas de prover essa transformação é permitindo capacitação e facilitando o acesso a informações”, diz. O segundo curso, de “Redes de Produção”, será ministrado de 18 a 22 de julho, a outras 30 mulheres,  pelo sociólogo da EMATER-PARÁ Alcir Borges, do escritório regional de São Miguel do Guamá, e pela tecnóloga em alimentos Michelle dos Santos.
O currículo se baseia no “protagonismo da mulher nas cadeias produtivas”. “Queremos provocar a identificação coletiva e a auto identificação dessas mulheres como ‘trabalhadoras’ capazes e independentes, na perspectiva das cadeias produtivas e de uma unidade regional”, diz Borges. No caso de Ipixuna, além do incentivo à mão-de-obra feminina no artesanato e na pesca, há também a consideração da inserção imediata delas no beneficiamento especializado da castanha-de-caju, ante a iminência da inauguração de uma agroindústria familiar de doces e amêndoas, o que a EMATER-PARÁ deverá efetivar no segundo semestre deste ano.
Aline Miranda - Ascom EMATER-PARÁ

terça-feira, 19 de julho de 2011

GOVERNO DO ESTADO DO PARÁ INAUGURA SEDE DA EMATER EM SÃO MIGUEL


Novo Prédio
 
Prefeita Márcia e a Presidenta da Emater

Prefeita Márcia assina convênio

Com o objetivo de melhorar a infraestrutura de atendimento aos produtores rurais e as condições de trabalho dos servidores da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), o governo do Estado entregou na manhã desta sexta-feira (15), o prédio onde funcionarão as sedes dos escritórios regional e local do órgão, em São Miguel do Guamá, município do nordeste paraense.

Estiveram presentes na cerimônia de inauguração a presidente da Emater, Cleide Amorim, Prefeita do Municipio Márcia Cavalcantí, Deputado Márcio Miranda e lideranças de agricultores dos 13 municípios que fazem parte da jurisdição do escritório regional. O governador Simão Jatene foi representado pelo secretário de estado de agricultura, Hildegardo Nunes.

Márcia Cavalcantí em discurso ressaltou que: A emater realmente precisava de um prédio mais moderno e agradeceu o Governo do Estado pela obra, falou ainda que a AGRICULTURA de São Miguel estava acabada nestes últimos anos e que só agora voltava a melhorar. Disse a Prefeita.Várias outras Autoridades discursaram também no evento
Ag.Pará

quarta-feira, 13 de julho de 2011

EMATER-PARÁ demonstra tecnologias no campo em Jacundá


Com o objetivo de divulgar o modelo produtivo apontando as tecnologias utilizadas nos plantios no município de Jacundá, sudeste paraense, a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (EMATER-PARÁ) - através do escritório local do município -, organiza um dia de campo. A atividade, que acontece no dia 13 de julho, consiste em palestras técnicas e visitação a área de cultivo.

Segundo o técnico da EMATER-PARÁ  em Jacundá, José Luiz Lopes, além de demonstrar as tecnologias no campo, a idéia é despertar o interesse no público convidado e motivá-los a adotar tais inovações. "Precisamos conscientizar aos agricultores familiares da região que é possível produzir com rentabilidade adotando medidas de baixo impacto ambiental", afirmou.

Esta ação no campo acontece em parceria com a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico Aquicultura e Pesca e da Associação dos Trabalhadores Unidos de Jacundá (ADETUNI) que tem como compromisso o fortalecimento da diversificação produtiva junto aos agricultores familiares da região, através da sustentabilidade. "O resultado seria um aumento na geração de renda dessas famílias. Assim, proporcionar uma melhor qualidade de vida, além da consolidação da segurança alimentar", explicou Lopes.

Serviço: O evento será realizado no dia 13 de julho, a partir das 9h, no - entro dos Paulos - Região da -Moram Madeira-, município de Jacundá. Entrada pelo Km 92 da Rodovia - PA 150.
FONTE: Site da EMATER-PARÁ - Kenny Teixeira Jornalista