Vinte e oito municípios da BR-163, Calha Norte e Transamazônica serão beneficiados com o projeto "Educação para o Manejo Florestal". A proposta é do Serviço Florestal Brasileiro em parceria com a Fundação Roberto Marinho, financiado pelo Fundo Vale. Na manhã de ontem a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Pará (Emater) foi convidada a fazer parte de uma força tarefa. Cerca de 100 extensionistas rurais do quadro funcional da Empresa poderão ser multiplicadores do projeto que tem por objetivo desenvolver formas de propiciar difusão e informação sobre manejo florestal na Amazônia, por intermédio de instituições que atuam com educação. Considerando o papel de multiplicadores dos extensionistas rurais, e as capacitações realizadas anteriormente pelo Serviço Florestal Brasileiro aos funcionários da Emater, foi proposto à Fundação Roberto Marinho a inclusão destes extensionistas como público alvo do Projeto.
O projeto intitulado "Educação para o Manejo Florestal" foi estruturado para atender, no Pará, municípios da BR-163, Calha Norte e Transamazônica, por dois anos. O intuito é contribuir com a ampliação de capacitações já realizadas pelo Centro Nacional de Apoio ao Manejo Florestal (Cenaflor), além de ofertar novas ferramentas e materiais didáticos que auxiliariam os trabalhos de difusão do manejo florestal junto aos agricultores familiares e demais comunidades rurais atendidas.
Segundo Lysa Ribeiro, coordenadora de projetos da área de meio ambiente da Fundação Roberto Marinho, a Emater foi escolhida para ser parceira devido à capilaridade que a empresa apresenta no território paraense, além do trabalho que já é desenvolvido pela empresa com as populações tradicionais da floresta, como os indígenas e quilombolas. “A Emater é uma grande difusora de conhecimento e a principal função do extensionista é levar educação para o campo. Através da capacitação desses técnicos vamos fortalecê-los de metodologias e informações para ser passada ao produtor rural. Vamos unir esforços e levar um manejo florestal sustentável”, avaliou.
A forma encontrada pela Fundação Roberto Marinho para o treinamento daqueles que serão futuramente os multiplicadores, são as tele-aulas. No projeto está prevista a fase de produção e gravação deste material. “Vamos utilizar como ilustração o cotidiano dessas comunidades. Teremos como ponto de partida a realidade das localidades trabalhadas. E essas reuniões que estamos realizando já nos servem como parâmetro de como vamos construir essa história”, afirmou Ribeiro.
Parcerias
Para Cristina Galvão, coordenadora do Cenaflor, outras conversas devem acontecer para selar em definitivo essa parceria e o projeto possa ser posto em prática. Além da Emater, ainda devem ser procuradas a Secretaria Estadual de Meio Ambiente, a Secretaria Estadual de Educação e o próprio Governador do Estado, Simão Jatene. “Iniciamos os contatos agora e estamos explanando sobre o projeto com os futuros parceiros para que já haja a sensibilização. Sabemos que uma proposta como essa sendo assinada por um Estado terá muito mais força”, comentou.
Em uma perspectiva, no Pará, em 28 municípios, além de cem extensionistas rurais, mil escolas devam ser atendidas e dois mil professores capacitados. Um alcance estimado em 166 mil alunos. “De um lado a escola difundirá aos alunos o conhecimento do manejo florestal e do outro os extensionistas da Emater vão mostrar aos pais desses alunos [os agricultores familiares] que é possível eles desenvolverem o potencial econômico da floresta, mas de forma sustentável”, finalizou a coordenadora.
Kenny Teixeira - Ascom Emater
Extraído do site Agência Pará
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