Um protocolo de recuperação de áreas de Reserva Legal (ARL) e de Preservação Permanente (APP), com plantio de espécies florestais nativas, está em elaboração por pesquisadores da Embrapa Amazônia Oriental, a partir de experimentos em três municípios do nordeste paraense.
“O protocolo suprirá a carência de sistematização e referências técnicas para a recuperação de áreas degradadas em propriedades de agricultura familiar na Amazônia Oriental, tanto para uso dos produtores quanto para governantes que venham a se defrontar com o desafio de elaborar políticas públicas florestais em escala regional”, informa o pesquisador Silvio Brienza Júnior, coordenador do trabalho.
A elaboração do protocolo terá por base os resultados observados em uma rede de parcelas demonstrativas de recuperação, composta atualmente por 30 unidades instaladas em propriedades de agricultores familiares de Bragança, Capitão Poço e Garrafão do Norte, por meio do projeto “Inovagri – Inovação em agricultura”.
O projeto é executado de forma participativa com os agricultores. Alguns destes são antigos parceiros da Embrapa, desde 1997, quando o trabalho de manejo produtivo de floresta secundária (capoeira) teve início nas mesmas localidades, originando o atual projeto, agora com ênfase na conservação e recuperação de áreas degradadas com plantio de árvores nativas.
A pesquisadora Socorro Ferreira, da equipe do Inovagri e responsável pela implantação dos primeiros experimentos há 14 anos, ressalta que, no atual estágio, os agricultores já estão conscientes de que é preciso recuperar, senão terão prejuízos.
“Mas ainda necessitam de mais acesso à orientação técnica e à informação, inclusive informações relacionadas com a própria legislação para facilitar o entendimento e a adaptação do texto legal à própria realidade”, avalia.
FONTE: Jornal Diário do Pará.
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