“Onde chega um extensionista, ali chega o
Estado”, afirma o presidente da Associação Brasileira das Entidades Estaduais
de Assistência Técnica e Extensão Rural (ASBRAER), Júlio Zoé, resumindo o peso
da responsabilidade e a importância da atuação do extensionista rural público.
“Temos clareza do grande desafio que é acompanhar o agricultor familiar e que,
para isso, deve haver um somatório de esforços, uma interação entre os governos
e discussões regionalizadas”, afirmou Zoé, em abertura da Reunião MDA -
Asbraer, que acontece nesta segunda (19) e na terça (20), em Brasília.
O encontro, que começou nesta
tarde, tem representantes de Empresas de Assistência Técnica e Extensão Rural
(Emater) de 21 estados brasileiros, entre eles, do Amapá, Maranhão, Tocantins,
Paraíba, Rio Grande do Norte, Goiás, Piauí, Acre, Mato Grosso do Sul, Rio de
Janeiro, Paraná, Amazonas e Rio Grande do Sul. Todos estão reunidos para
aperfeiçoar a atuação da Ater nos estados e estreitar parcerias pra que o
serviço tenha sua qualidade aprimorada.
A Secretária Executiva do
Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), Márcia Quadrado, destacou a
importância da reunião para a organização e atuação do MDA no planejamento de
médio prazo “para a qualificação dos agricultores familiares, para que produzam
melhor, tenham melhores condições de renda e levem os alimentos adequados e a
preços justos para os consumidores brasileiros”. A partir da reunião, será
elaborada uma agenda de trabalho do ministério e das entidades de Ater.
Na abertura do evento, Márcia
apontou o primeiro desafio vencido para estruturar a assistência técnica no
país: “Hoje temos um orçamento ampliado que possibilita ao governo federal
apoiar as entidades de Ater. O Governo apoiou os estados para que eles tivessem
condições de realizar seu trabalho. Isso resultou num aumento da capacidade de
atendimento dos agricultores familiares”. Em uma retrospectiva, Márcia destacou
que o ministério atingiu um primeiro objetivo com a Lei de Ater, que
transformou a política de Ater em uma política permanente.
Agora, as metas são outras. “Só
conseguiremos uma assistência técnica de qualidade, abrangente, que chegue ao
conjunto dos agricultores familiares, se construirmos isso passo a passo e
continuamente”, afirma Márcia. Entre os demais desafios estão a erradicação da
miséria, no qual a assistência técnica é um instrumento fundamental dentro do
Plano Brasil Sem Miséria, do Governo Federal, além da organização econômica dos
agricultores familiares.
Durante toda a tarde, a reunião
também tratou do chamamento público para projeto de formação de agentes de Ater
com atuação em redes, chamada para convênios, balanço das chamadas públicas de
Ater e experiência da Emater do Rio Grande do Sul.
O evento continua nesta terça
(20) com a presença do ministro Afonso Florence. Na pauta do encontro estão as
estratégias sobre o Plano Plurianual e ação orçamentária exclusiva para as
Emateres e o impacto das leis estaduais. Os participantes terão a oportunidade
de fazer uma avaliação dos trabalhos e identificar as principais dificuldades
nacionais e estaduais.
Também participaram da abertura o
diretor do Departamento de Assistência Técnica e Extensão Rural da Secretaria
da Agricultura Familiar, Argileu Martins da Silva, o secretário da Agricultura
de Alagoas, Jorge Dantas, o Deputado Federal e presidente da Frente Parlamentar
de ATER, Carlos Magno, o presidente Academia Brasileira de Extensão Rural
(ABER), Hur Ben da Silva, e a presidente da Emater-Pará, Cleide Amorim.
FONTE: SITE MDA
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