quinta-feira, 3 de março de 2011

Emater-Pará reestrutura parceria com o Incra
De 23 a 25 de fevereiro a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater) se reuniu com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) com o objetivo de findar com excelência os convênios pendentes entre as duas instituições, firmados ainda durante a gestão anterior, que estavam ameaçados de cancelamento por conta do não-cumprimento de metas por parte da Emater.
O encontro contou com a participação do coordenador nacional de reforma agrária do Incra, César Aldrighi, mais representantes das superintendências do Incra em Belém e Marabá, além do coordenador técnico da Emater, Paulo Lobato, e supervisores regionais  da Empresa de Altamira, Santarém, Médio Amazonas, São Miguel do Guamá, Marabá, Conceição do Araguaia, Ilhas, Capanema e Castanhal.
Nos primeiros dois dias, os extensionistas de várias regiões do estado puderam organizar uma proposta ao Incra para a continuidade dos convênios;  no terceiro dia houve uma exposição da situação da Emater.
A idéia, segundo a presidenta da Emater, Cleide Amorim, era fazer uma apresentação muito transparente, sem esconder os problemas enfrentados pela Emater.
"Recebemos a Empresa com muitos assuntos sem o devido desfecho. Não queremos esconder nossas falhas e limitações, mas precisamos mostrar ao Incra que a atual gestão está empenhada em encontrar soluções", afirmou.
            Para o Coordenador Técnico da Emater, Paulo Lobato, o objetivo da reunião foi encontrar a melhor alternativa para a manutenção dos convênios, que seja favorável e viável não só para Emater mas também para o Incra, e principalmente para os agricultores que deveriam ter recebido a devida assistência e estão sendo prejudicados. " Queremos viabilizar a solução desses problemas e todos os encaminhamentos devem ter como foco o atendimento de qualidade às famílias assentadas", esclareceu Lobato.
Segundo ele, a Emater reconhece que a culpa pela ameaça à parceria com o Incra é da própria Empresa, que não conseguiu cumprir as metas previstas nos convênios:  "As causas desse impasse foram os prazos, licitações e recursos financeiros, bem como o suprimento das necessidades básicas dos escritórios regionais - como a formação de equipes -, que não foram atendidos", diz.
Ainda de acordo com o coordenador técnico, "uma parte do recurso para a execução foi recebida pela Emater e hoje nós estamos em uma força-tarefa para, junto com o Incra, tentar viabilizar a continuação desses convênios, prestarmos conta dos recursos que recebemos e dar prosseguimento com o trabalho. Assim, a Emater ficará livre para participar de chamadas públicas do Incra, que estão previstas para acontecer em outros municípios e até nas regiões em que já temos esses convênios", explica.
Na avaliação de Lobato, os problemas da Emater têm relação com a gestão anterior. "Alerto que o momento é outro, a gestão é outra, estamos em um novo momento da assistência técnica, de política e de governo, e a direção da Emater e o governo do estado têm demonstrado todo o interesse e empenho para resolver esses problemas e para mostrar tudo de forma muito transparente, de modo que não haja dúvidas sobre os nossos procedimentos".
 Ele complementa: "Dessa forma, passamos confiabilidade e segurança e garantimos que a Emater está disposta a rever tudo o que aconteceu de errado, consertar tudo isso e seguir em frente com o trabalho, mostrando que nós temos, sim, condições e competência para executar tudo isso e muito mais".

Texto e foto: Kenny Teixeira
FONTE: Site EMATER-PARÁ

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