segunda-feira, 7 de maio de 2012

Assistência Técnica e Extensão Rural contribui para o crescimento de agricultores familiares



A agricultura familiar no Brasil vem ganhando espaço a cada dia. Segundo o Censo Agropecuário de 2006, existem mais de 4,3 milhões de estabelecimentos da agricultura familiar no país. A atividade beneficia as famílias que dependem dela para o sustento, assim como milhões de brasileiros que consomem, diariamente, os produtos oriundos da agricultura familiar. Uma das políticas públicas de maior destaque para este segmento é a Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater). Desde 2003, o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) vem fortalecendo esse serviço de forma a torná-lo cada vez mais público e gratuito, oferecendo novas ferramentas para potencializar, de forma sustentável, o desenvolvimento fora da área urbana. O resultado tem sido mais geração de renda, segurança alimentar, além de melhores condições de vida para quem produz e para quem consome alimentos.
Atualmente, em torno de 30% da agricultura familiar brasileira tem acesso aos serviços de Ater no país. Desde 2003, o MDA mantém parcerias com as entidades estatais (governamentais e não governamentais), sendo que os recursos do ministério atendem diretamente mais de 560 mil famílias, entre agricultores familiares e assentados da reforma agrária.
A previsão do MDA é ampliar o número de famílias atendidas em 2012. Além daquelas que terão a continuidade dos serviços, muitas destas famílias agricultoras receberão pela primeira vez as vantagens dos serviços de Ater. Quilombolas, ribeirinhos, extrativistas, indígenas, mulheres rurais, jovens, assentados da Reforma Agrária e agricultores familiares de maneira geral compõem o público beneficiário das ações de Ater.
Os serviços são aplicados de acordo com a necessidade de cada comunidade. Ou seja, a abordagem é diferenciada. Um exemplo são os indígenas. Para eles, os serviços de Ater são adaptados às suas características étnicas, respeitando sua cultura, hábitos e costumes. Existem hoje mais de 25 mil agentes de extensão rural em campo.
O serviço
Para qualificar a produção das famílias agricultoras, melhorar a renda e levar inovações tecnológicas para as unidades produtivas, técnicos de diferentes especialidades, como engenharia agrônoma e pedagogia, vão a campo. Os serviços de Ater envolvem os diversos aspectos das atividades da agricultura familiar. Estas incluem sistemas de produção, organização econômica e social, comercialização de produtos e a questão ambiental.
Outra ação importante é o auxílio na organização de grupos de interesse, o que impulsiona o surgimento de cooperativas e associações. Vale destacar que os métodos de extensão rural permitem que o agricultor consiga dar continuidade ao que lhe foi repassado pelos extensionistas, mesmo após a finalização dos serviços.
Os técnicos também levam informações sobre as diversas políticas voltadas para esse público. Os especialistas identificam, por exemplo, se a família se enquadra no Plano Brasil Sem Miséria, programa do governo federal que visa tirar da pobreza extrema os brasileiros que vivem em lares cuja renda média mensal é de até R$ 70 por pessoa. “A Ater ajuda que o agricultor protagonize seu crescimento. Diante do conjunto de políticas públicas do MDA, que promovem o desenvolvimento rural sustentável, a assistência técnica é o pilar de todas elas, já que trabalha com o conhecimento. E não se faz desenvolvimento sem conhecimento, o que significa inovação. Esses fatores convergem e vão traçando com muita precisão o papel do serviço”, detalha o diretor do Departamento de Assistência Técnica e Extensão Rural da Secretaria de Agricultura Familiar (SAF) do ministério, Argileu Martins.      
Com a Lei 12.188, de janeiro de 2010, as entidades responsáveis pela prestação dos serviços de assistência técnica e extensão rural são contratadas por meio de chamadas públicas, desburocratizando o processo, já que dispensa a licitação. O diretor acrescenta que, só para este ano, R$ 395 milhões estão disponíveis para as chamadas públicas de Ater, o que demonstra a preocupação do governo federal com a inovação tecnológica no campo e com o aumento de renda das famílias. Os contratos podem ser renovados por até 60 meses.
Para o Ministério do Desenvolvimento Agrário, o principal objetivo dos serviços de assistência técnica e extensão rural (Ater) é melhorar a renda e a qualidade de vida das famílias rurais, através do aperfeiçoamento dos sistemas de produção, de mecanismo de acesso a recursos, serviços e renda, de forma sustentável.
Como ter acesso à Ater
Os agricultores podem procurar as Empresas Estaduais de Ater ou órgão similar em seu estado, além de sindicatos de trabalhadores rurais. Vale lembrar que é necessário ter a Declaração de Aptidão ao Pronaf (DAP). Clique aqui para mais informações sobre a DAP.
“O serviço tem uma capilaridade sem igual no país. Existem entidades prestadoras de serviços de Ater presentes em mais de 5 mil municípios. Essa é a única ação brasileira em que um profissional capacitado vai a campo, além de ter caráter continuado”, descreve Argileu Martins.
Matérias especiais para o agricultor
O MDA vem publicando desde março, uma série de reportagens que ajudam os agricultores familiares a entender os benefícios das políticas públicas e melhorar a gestão das pequenas propriedades. Quem acompanha o site descobre como participar das ações do ministério. Na próxima semana, o destaque é para a Rede Brasil Rural, ferramenta que auxilia o agricultor familiar a comercializar sua produção

FONTE: Site MDA

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