sexta-feira, 20 de maio de 2011

MIGRAÇÕES DOS PEIXES DA AMAZÔNIA

Nadson Oliveira - Extensionista Rural da EMATER-PARÁ
Muitos peixes estão constantemente viajando. Seja para alimentação, proteção, reprodução ou simplesmente genético, esse espetáculo enche os olhos e deixa muitos pesquisadores ainda confusos.
Há muito tempo sabemos que as temperaturas, as correntes marinhas e as concentrações de organismos aquáticos guiam os peixes oceânicos Mas ainda existem outras migrações que nos deixam a pensar.
Ao longo dos tempos pesquisas comprovaram que muitos peixes migram em busca de melhores locais para desova e alimentação. Algumas espécies como o bacalhau e merluza, costumam ocupar diferentes áreas em diferentes períodos de sua vida, estimuladas pela quantidade de alimento disponível e possivelmente também pelo desejo instintivo de reduzir o canibalismo.
Na Amazônia existem espécies que fazem longas, médias e pequenas migrações durante todo ano, seja nas águas salgadas e doces. As mais longas e espetaculares são a da dourada e piramutaba que chegam a percorrer mais 4 mil quilômetros do estuário e litoral até a cabeceira do rio amazonas e seus afluentes. Temos as migrações litorâneas: serra, pescada gó, tainha e pirapema, e outras de menor percurso no caso do jaraqui, da branquinha e o voador, tanto na bacia amazônica como na bacia do Araguaia Tocantins.
No período de migração, também conhecido como piracema para as espécies continentais, podemos considerar de período critico para a IctioFauna da Amazônia. É nesta época que constatamos os maiores crimes contra nossos peixes.
“A pesca predatória, a poluição das nascentes, a pesca no período de defeso, a mudança da temperatura dos rios e lagos, balneabilidade, destruição dos manguezais e a destruição das matas ciliares, prejudicam espécies migratória reservando um futuro drástico para os recursos pesqueiros da Amazônia brasileira”.
Texto: Nadson Oliveira (direito reservado). Texto originalmente publicado no Blog Pesca Artesanal Amazônica.

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