segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Operação Arco Verde garante assistência técnica da Emater a mais de 2 mil famílias de 7 municípios desmatados


Sete municípios do sul, sudeste e nordeste paraenses começarão a receber, a partir de março, por meio de mais uma ação da operação Arco Verde Terra Legal, a atuação pontual de equipes multidisciplinares da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater).
Marabá, Novo Progresso, Brasil Novo, Altamira, São Félix do Xingu, Pacajá e Paragominas em 2008 fizeram parte da rota da operação Arco de Fogo, que, em um mutirão reunindo várias instituições governamentais, fechou serrarias ilegais nas localidades consideradas pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) como as mais desmatadas da Amazônia Legal.
Agora serão quarenta e cinco profissionais da Emater que, durante pelo menos um ano, trabalharão exclusivamente no cumprimento das metas estabelecidas pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) em cinco chamadas públicas específicas vencidas pela Emater no ano passado. O aporte financeiro é de R$ 4 milhões, 152 mil, 941 reais e 99 centavos.
 Os grupos já estão recebendo treinamento, desde segunda-feira (7) até o próximo dia 4 de março. As primeiras aulas acontecem no Hotel São Bento, em Marabá, e na Unidade Didático-Agroecológica do Nordeste Paraense (UDB) da Emater, em Bragança.
A qualificação é composta por duas oficinas _ uma ministrada pela Emater, com coordenação do Núcleo de Metodologia e Comunicação (NMC) e do Núcleo de Recursos Humanos (NRH), tratando de questões como políticas públicas em benefício da agricultura familiar, organizações sociais rurais, geotecnologia e planejamento das metodologias participativas de ater no contexto das chamadas públicas; a outra oficina é ministrada pelo MDA, com foco no Programa de Desenvolvimento Sustentável da Unidade de Produção Familiar (Pronaf Sustentável).
As duas mil e trezentas famílias selecionadas pelo MDA em passarão a receber imediatamente apoio direcionado na prática agrícola, sendo capacitadas, tendo acesso a novas tecnologias e com a oportunidade de crédito rural.
"Pelo edital da chamada pública elaborado pelo MDA, entendemos que são agricultores tradicionais que por ora não estão recebendo assistência técnica de entidade alguma", diz a pedagoga Ana Lúcia Guerreiro, chefe do NMC.
Todas as ações da Emater serão precedidas por um Diagnóstico Rural Participativo (DRP) e por um Diagnóstico da Unidade Produtiva Familiar (DUPF) - em que cada comunidade e família, consultadas, indicarão suas preferências de atividade e necessidades, entre outras situações. Cada propriedade, também, será georreferenciada e analisada.
"Esses municípios são apontados com grande incidência de áreas alteradas, com altos índices de desmatamento. É necessário que, a partir dos diagnósticos, auxiliemos na constituição de um novo modelo de produção, baseado na sustentabilidade e nas especificidades de cada município", explica o engenheiro florestal Márcio Nagaishi, do NMC.
Considerando-se as diretrizes da Emater, a idéia é que a atuação do governo do estado ajude a promover o desenvolvimento coletivo, baseado na reestruturação de todas as esferas dos municípios: da ecologia à economia.

Texto: Aline Miranda
Foto: NMC

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