quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Defeso do caranguejo é coisa séria!


Esta estória de caiu na rede é peixe, não esqueça, é apenas brincadeirinha de carnaval e não combina com o periodo de defeso da pesca.  É bom saber que além do período de defeso do caranguejo-uça que começa hoje (10/01) e vai até o dia 15/01 no Pará, existem outros defesos tanto no mar como nos rios da Amazônia: o camarão-rosa, branco e sete barbas estão proibidos até dia 15 de fevereiro, mas o mero está proibido desde 2007 em todo litoral brasileiro. Existem os períodos defesos na bacia do Araguaia/Tocantins e Amazonas de 4 meses que teve inicio em novembro

Todos precisam entender que o período de defeso é a única forma direta que temos para proteger as espécies durante as fases mais críticas de seus ciclos de vida, como a época do acasalamento, reprodução ou de seu maior crescimento. Embora a maioria dos tiradores de caranguejo do Pará, principalmente do município de Bragança entenda o defeso como um impedimento para o exercício de sua atividade é necessário aceitar que a medida visa simplesmente manter os estoques reguladores para que os mesmos no futuro não sofram com a escassez do animal. Ou seja: é preciso dar tempo às espécies não só de se reproduzirem como atingir um tamanho ideal e atingir sua maturação sexual. Sem isso, o risco de não haver mais peixes, crustáceos e moluscos é grande.

Os pescadores e tiradores de caranguejos profissionais poderão pescar a quantidade permitida por lei para sua subsistência durante esse período de paralisação da atividade. Não esqueça: “somente os profissionais”.

"O período de defeso não é uma proibição, e sim um período de pescar e coletar consciente".

Texto: Nadson Oliveira
Imagens: Nadson Oliveira e (http://mundoemcolapso.blogspot.com)

Um comentário:

  1. ALCIR,
    A extensão rural é uma paixão!
    Muito além de uma profissão!
    Às vezes, reflito, e me deparo com a realidade de uma parcela da população rural brasileira que ficou por um longo período excluído dos benefícios das políticas públicas.
    Isto alimenta a certeza da importância da EMATER-PARÁ e o nosso commpromisso com a extensão!
    Att, Lidiane

    ResponderExcluir