Emater orienta agricultores da Transamazônica para a criação de peixe
Agricultores familiares de Medicilandia, na altura da BR-230, a
Transamazônica, estão sendo orientados para a produção de peixe em suas
propriedades. Através do projeto governança, desenvolvido pela Empresa
de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater), em
parceira com a Fundação Viver Produzir e Preservar (FVPP), com sede em
Altamira. O projeto cria condições para as comunidades e suas
organizações representativas desenvolverem e legitimarem junto às
autoridades governamentais sistemas de governança de recursos naturais.
Sete famílias estão envolvidas no projeto, que orienta os agricultores a
realizarem de forma adequada o manejo em geral da piscicultura, como
alimentação e recepção dos alevinos, que são repassados a custo zero
para o produtor.
Segundo a técnica em piscicultura
da Emater, Simone Silva, os agricultores recebem orientações básicas
durante a construção dos tanques ou pequenas barragens que servem para a
criação dos peixes, quanto a questões ambientais e preservação das
nascentes de água. Alguns agricultores que participam do projeto já
desenvolviam a piscicultura, mas por conta do manejo inadequado, a
mortalidade dos alevinos chegava a 50%. As atividades são desenvolvidas
de acordo com a realidade e a necessidade dos agricultores, que optaram
por criar tambaqui e tambatinga, este último resultado de um cruzamento
das espécies, pirapitinga e tambaqui.
Depois de
uma experiência ruim, quando perdeu quase 70% dos alevinos, agora o
agricultor Roseno Pereira, morador da vicinal 90 Sul, recebe orientação
técnica da Emater. O agricultor acredita que no período de um ano já
estará com peixes de até um quilo. Toda a produção é comercializada na
própria comunidade. Apesar da atividade promissora, um dos grandes
entraves para a piscicultura em Medicilandia é a falta de ração para a
alimentação dos peixes no comércio local.
Por isso,
o próximo passo da Emater será desenvolver com os próprios agricultores
uma ração alternativa, que obedeça a todos os critérios de níveis da
alimentação, como a proteína, essencial para o crescimento e o
desenvolvimento do peixe, o objetivo é diminuir os custos de produção.
“A piscicultura é uma atividade secundária desenvolvida pelos
agricultores, o que não tira a sua importância como fonte de renda e
garantia da segurança alimentar das famílias”, Finalizou Simone Silva.